sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Oração

Oração é: esvaziar-se de si mesmo e encher-se de Deus.

A oração é outro pilar da espiritualidade quaresmal, que nos leva a conversão de vida.

Busquemos então esvaziarmo-nos de nós mesmo por alguns instantes ao longo do dia duramte a quaresma para nos enchermos de Deus, e assim, em silêncio, procuremos enchergar o que precisamos converter em nossa vida, nessa quaresma.

E que essa conversão se torne visivel por todos os dias e não só no tempo da quaresma.

Aliemos então o jejum e a oração, para que juntos se tornem fortes guias para a nossa conversão.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Jejum

Inicia-se hoje, Quarta Feira de Cinzas a Quaresma.

Na Quaresma, é comum vermos muitas pessoas fazendo jejum.O mais comum é vermos as pessoas não comerem carne, ou durante toda a queresma, ou durante as sextas feiras durante a quaresma.

Precisamos compreender, que fazer Jejum não é deixar de comer algo hoje, para comer amanhã.Não é deixar de comer carne por 40 dias, para no Domingo de Páscoa fazer um churrasco com toda a carne que guardamos durante esses 40 dias.

O importante no Jejum, é deixar de comer algo que não irá me fazer falta, e não guardar para comer amanhã, mas sim dar para alguém que não tem o que comer, hoje mesmo!

O jejum não precisa ser especificamente um jejum alimentar, mas pode ser um jejum de diversas outras coisas.

Pode ser um jejum de televisão: Se eu perco grande parte do meu tempo sentando em frente a televisão, absorvendo informações inuteis e assistindo coisas que nada irão acrescentar em minha vida, posso me comprometer em assistir menos televisão nessa Quaresma e utilizar esse tempo livre para fazer algo útil, para mim ou para outras pessoas.

Pode ser um jejum da língua: Se eu não consigo ficar sem falar mal, ou de reparar nas pessoas e fazer comnetários nem um dia sequer, posso me comprometer nessa Quaresma em falar menos da vida dos outros, reparar menos nas outras pessoas, e cuidar de corrigir as falhas e defeitos da minha vida.

Enfim, podem ser feitos diversos tipos de jejum...Desde que sejam instrumentos de conversão em nossas vidas.

Que se tornem práticas frequentes em nossas vidas, não apenas na Quaresma, mas no decorrer do ano todo.

E que possamos então, a partir da conversão de nossas vidas, sermos sinais de conversão para a vida do próximo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Campanha da Fraternidade



O que é a Campanha da Fraternidade?

- É uma campanha quaresmal, que une em si as exigências da conversão, da oração, do jejum e da esmola
- Convoca os cristãos a uma maior participação nos sofrimentos de Cristo como possibilidade de auxílio aos pobres
- início na quaresma e ressonância no ano todo


Na quaresma, todos somos convidados a um tempo de recolhimento e reflexão sob a expectativa da espera da Páscoa (festa da Ressurreição de Cristo).
Somos convidados a refletir sobre nossas atitudes no dia a dia no decorrer do ano, e convidados a convertermos nossa vida, iluminados pela espiritualidade quaresmal.
Os três principais elementos para vivermos essa espiritualidade são: Oração, Jejum e Esmola.

E a Campanha da Fraternidade nos apresenta o seguinte tema para a quaresma desse ano:

FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
“A paz é fruto da justiça” (Is 32, 17)


Somos convidados através do tema da Campanha da Fraternidade tratado à Luz do Projeto de Deus e da espiritualidade quaresmal a participarmos da renovação da vida da Igreja, a transformar a sociedade.

Somos convidados à pratica e gestos concretos de caridade, e à transformar situações injustas e não cristãs.

Como atualizador da mensagem do Evangelho, a Campanha da Fraternidade nos leva a penitência, repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir a quem não tem, libertar os necessitados e excluídos e promover a todos.

Que esses ideais e objetivos despertados em nós pela espiritualidade quaresmal e pela Campanha da Fraternidade, não sejam visíveis em nós apenas nesta época, mas a partir desta época e por todos os dias de nossas vidas.

Que sejamos despertados ao espírito comunitário, e nos comprometamos assim na busca pelo bem comum.

Que busquemos sempre a justiça e o amor, exigência central do Evangelho!


Mais informações: http://www.cnbb.org.br/

No decorrer dessa semana, irei postar alguns textos, relacionados ao jejum, a oração a esmola e ao tema da Campanha da Fraternidade!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O Profeta Gentileza

Seguramente muitos do Rio se lembram daquela figura singular de cabelos longos, barbas brancas, vestindo uma bata alvíssima com apliques cheios de mensagens, com um estandarte na mão com muitos dizeres em vermelho, que a partir dos inícios de 1970 até a sua morte em 1996 percorria toda a cidade, viajava nas barcas Rio-Niterói, entrava nos trens e ônibus para fazer a sua pregação.

A partir de 1980 encheu as 55 pilastras do viaduto do Caju, perto da rodoviária, com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar de nossa civilização.

Não era louco como parecia, mas um profeta da têmpera dos profetas bíblicos como Amós ou Oséias.
Como todo profeta, sentiu também ele um chamamento divino que veio através de um acontecimento de grande densidade trágica:o incêndio do circo norte-americano em Niterói no dia 17 de dezembro de 1961 no qual foram calcinadas cerca de 400 pessoas. Era um empresário de transporte de cargas em Guadalupe e sentiu-se chamado para ser o consolador das famílias destas vítimas. Deixou tudo para trás e tomou um de seus caminhões e colocou sobre ele duas pipas de cem litros de vinho e lá junto às barcas em Niterói distribuía-o em pequenos copos de plástico dizendo:” quem quiser tomar vinho não precisa pagar nada, é só pedir por gentileza, é só dizer agradecido”.

De José da Trino, esse era seu nome, começou a se chamar José Agradecido ou Profeta Gentileza. Interpretou a queima do circo como um metáfora da queima do mundo assim como está organizado como um circo pelo “capeta-capital…que vende tudo, destrói tudo, destruindo a própria humanidade”. Segundo ele, devemos construir outro mundo a partir da Gentileza, o que ele fez em miniatura, transformando o local num belíssimo jardim, chamado “Paraiso Gentileza”.

O quarto aplique de sua bata dizia:”Gentileza é o remédio de todos os males, amor e liberdade”. E fundamentava assim:”Deus-Pai é Gentileza que gera o Filho por Gentileza…Por isso, Gentileza gera Gentileza”. Ensinava com insistência: em lugar de “muito obrigado” devemos dizer “agradecido” e ao invés de “por favor” devemos usar “por gentileza” porque ninguém é obrigado a nada e devemos ser gentis uns para com os outros e relacionarmo-nos por amor e não por favor. Não é exatamente isso que o Rio de Janeiro está precisando?
Já dissemos nesta coluna que, junto com o princípio de Geometria, a Gentileza funda um princípio civilizatório, princípio descurado pela modernidade e hoje de extrema importância se quisermos humanizar as relações demasiadamente funcionais e marcadas pela violência.
A crítica da modernidade não é monopólio dos mestres do pensamento acadêmico como Freud com seu O mal estar da civilização ou a Escola de Frankfurt com Horkheimer com seu O eclipse da razão e com Habermas com o seu Conhecimento e interesse ou mesmo toda a produção filosófica do Heidegger tardio.
O Profeta Gentileza, representante do pensamento popular e cordial, chegou à mesma conclusão que aqueles mestres. Mas foi mais certeiro que eles ao propor a alternativa: a Gentileza como irradiação do cuidado e da ternura essencial. Esse paradigma tem mais chance de nos humanizar do que aquele que ardeu no circo de Niterói:o espírito de geometria, o saber como poder e o poder como dominação sobre os outros e a natureza.
Autor: Leonardo Boff




sábado, 21 de fevereiro de 2009

Che Guevara





Muitos jovens católicos, ditos “conservadores”, me questionaram em algumas comunidades sobre eu ser católico e admirar o Revolucionário Ernesto “Che” Guevara.


Disseram que eu não posso se católico e admirar um “assassino frio e calculista” (palavras destes jovens já citados acima).
Muitos desses jovens são defensores da volta das missas em latim, onde o povo não tem participação alguma na celebração.

Alguns são defensores da Monarquia, o que eu acho absurdo, pois em um país de terceiro mundo como o Brasil o povo já é tratado como plebe mesmo sem um regime monárquico.


Esses mesmo jovens interpretam as doutrinas de forma radical, e tudo que questione, tudo e todos que pensem diferente mesmo que seja só um pouco dessas doutrinas, é considerado herege por eles.

Aceitam a vontade do Papa, mesmo que ele esteja errado ou equivocado, como verdade suprema, e dizem que mesmo que o Papa estivesse esquizofrênico ele teria razão.


Não vejo isso como uma postura religiosa, mas como uma postura fanática de espiritualidade zero.


Questionar as doutrinas ou as decisões do Papa não é errado, mas demonstra que queremos verdadeiramente ajudar na edificação da Igreja.Pensar diferente é normal, e é isso que faz com que a Igreja tenha atividades diferentes em cada continente de acordo com as necessidades do povo local.


Mas voltando ao foco central, não admiro Che Guevara por ele ser assassino ou não, por ser revolucionário ou não.


Admiro Che, por sua coragem de lutar e dar a sua vida pela libertação dos povos indígenas, dos agricultores, dos pobres, dos necessitados, dos marginalizados e humilhados por toda a América Latina.


Admiro Che, por suas filosofias e ideologias, pela consciência de saber que “vale mais a vida de qualquer ser humano, que todas as propriedades do homem mais rico do mundo”, que “devemos estudar muito, de todas as coisas, todas!”, que “nossas crianças devem ter tudo o que as outras crianças têm, mas devem ser privadas de todas as coisas que as outras crianças são privadas”, e por ele ser capaz de “tremer de indignação a cada vez que uma injustiça fosse cometida”.


Se pelo menos alguns jovens tivessem a coragem que ele teve de lutar ao lado dos fracos e enfrentar os “grandes” como o Dr.Ernesto Guevara teve, não existissem ainda pessoas mantidas como escravas em lavouras, minas, garimpos.Talvez os índios não tivessem que implorar pelo direito de ter um pedaço de terra.


Che Guevara deu a vida por esses ideais, e segundo o Evangelho nos diz: “Não há maior amor, que dar a vida pelo irmão”.


Acredito na revoluação através das palavras, da cultura, da educação.Por isso adotei os ideais e pensamentos de Che Guevara como ideais de uma revolução mental.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Entrevista com Dom Pedro Casaldáliga

Em conversa franca, dom Pedro Casaldáliga discorre sobre suas motivações, o que faria se fosse papa e opina sobre figuras e temas atuais.

Eduardo Lallana e Charo Garcia de la Rosa, fundadores da ONG "Tierra Sin Males", entrevistaram Dom Pedro, em janeiro deste ano, durante visita a São Félix do Araguaia, local onde estão desenvolvendo um projeto, financiado pela Província de Soria (Espanha), para reduzir a desnutrição e a mortalidade infantil.

Missionário da Ordem dos Claretianos, o catalão dom Pedro Casaldáliga, 79 anos, esteve à frente da prelazia de São Félix do Araguaia (MT) por mais de 30 anos. Atualmente, é seu bispo emérito. Foi o primeiro a denunciar a existência de trabalho escravo no Brasil, em 1971. No mesmo ano divulgou a primeira carta pastoral, "Uma Igreja da Amazônia", em conflito com o latifúndio e a marginalização social. A partir dessas denúncias, a prelazia tornou-se referência para os movimentos de oposição à ditadura, mas também foi alvo de ataques pelo fato de ser encarada como foco da guerrilha. Dom Casaldáliga foi preso e torturado pelos militares.

Para ler a matéria completa: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=27223

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

igrejas









Muito se fala sobre a "casa de Deus".


Toda igreja, é considerada a casa de Deus, e de fato é, pois é um local de oração, reflexão, espiritualidade, e como Jesus mesmo disse onde dois ou mais se reunirem em nome Dele, Ele estará entre eles. Além, claro, da presença no Santissimo Sacramento.


As igrejas estão sempre limpas, adornadas e conservadas, bem iluminadas.Sempre cheias de pessoas.



Mas muitas pessoas não se lembram, que cada ser humano, é templo do Espirito Santo, ou seja, morada de Deus.Cada pessoa é uma igreja viva, uma casa de Deus.


E muitas dessas igrejas, estão por aí, abandonadas, esquecidas, sujas, mal tratadas, sem ninguém por perto.Muitas vezes ninguém lembra que elas existem.Muitas vezes sofrem ataques violentos, são deterioradas, desaparecem e ninguém nota a falta delas.


Será que não é hora de pararmos um pouco de dar mais atenção e importância para pedras e tijolos, e darmos um pouco de atenção à essas igrejas de carne e osso?reedificá-las, adorná-las, iluminá-las com a luz da nossa atenção, do nosso sorriso, e construirmos juntos o Reino de Deus na Terra?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ecumenismo


No papado do Santo Padre João Paulo II, muito se ouviu dizer sobre os avanços do ecumenismo entre a Igreja Católica Apostólica Romana e as demais religiões cristãs.

E também dos avanços do diálogo religioso, com as demais ceitas e religiões não cristãs, o que poderia e deveria ser chamado de um ecumenismo religioso, já que a palavra Ecumenismo provém da palavra grega "Oikos", que significa "casa" designando toda a Terra habitada.


Portanto, não faz sentido as grandes discussões e, infelizmente, alguns desentendimentos entre as denominações religiosas que existem espalhadas pelo mundo todo.


Somos moradores do mesmo "oikos", precisamos aprender a coexistir, existir juntos, cada um respeitando o seu limite, o seu espaço.Mas trabalhando juntos para a divulgação da Paz, da opção pelo povo sofrido, pelo pobre, pelo marginalizado, enfim pelos últimos da sociedade.


Deixemos o orgulho de lado, esqueçamos um pouco de discutir doutrinas, discutir quem é o certo e quem é o errado, e trabalhemos verdadeiramente para construir um reino de paz e de irmãos.
Segue uma pequena história, mas que serve de exemplo e reflexão, leia com atenção!

Certa vez perguntaram ao Dalai Lama: "O que é espiritualidade?"
E o Dalai Lama respondeu: "Espiritualidade é aquilo que provoca uma mudança interior no ser humano!"
E a pessoa perguntou então novamente: " Mas se eu praticar a religião, e observar as tradições, tudo isso não é espiritualidade?"
E o Dalai Lama novamente respondeu: "Pode ser espiritualidade, mas se isso não produz em você nenhuma transformação, não é espiritualidade."
Será, que estamos deixando a religião que seguimos produzir alguma transformação em nós?Ou desde que começamos a seguir essa religião, não nos deixamos ser transformados?
Axé a todos!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Novos valores para nova civilização


Frei Betto *

Fonte: Adital -
http://www.adital.com.br/

No Fórum Social Mundial de Belém se concluiu que as alternativas ao neoliberalismo e à construção do ecossocialismo não se engendram na cabeça de intelectuais ou de programas partidários, e sim na prática social, através de lutas populares, movimentos sindicais, camponeses, indígenas, étnicos, ambientais, e comunidades de base.
Para gestar tais alternativas exigem-se pelo menos quatro atitudes. A primeira, visão crítica do neoliberalismo. Este aprofunda as contradições do capitalismo, na medida em que a expansão globalizada do mercado acirra a competição comercial entre as grandes potências; desloca a produção para áreas onde se possa pagar salários irrisórios; estimula o êxodo das nações pobres rumo às ricas; introduz tecnologia de ponta que reduz os postos de trabalho; torna as nações dependentes do capital especulativo; e intensifica o processo de destruição do equilíbrio ambiental do planeta.

A segunda atitude - organizar a esperança. Encontrar alternativas é um trabalho coletivo. Elas não surgem da cabeça de intelectuais iluminados ou de gurus ideológicos. Daí a importância de se dar consistência organizativa a todos os setores da sociedade que esperam outra coisa diferente do que se vê na realidade atual: desde agricultores que sonham lavrar sua própria terra a jovens interessados na preservação do meio ambiente.

Terceira atitude - resgatar a utopia. O neoliberalismo não visa a destruir apenas as instâncias comunitárias criadas pela modernidade, como família, sindicato, movimentos sociais e Estado democrático. Seu projeto de atomização da sociedade reduz a pessoa à condição de indivíduo desconectado da conjuntura sócio-política-econômica na qual se insere, e o considera mero consumidor. Estende-se, portanto, também à esfera cultural. Como diria Emmanuel Mounier, o individualismo é oposto ao personalismo. Pascal foi enfático: "O Eu é odioso".
No seu apogeu, o capitalismo mercantiliza tudo: a biodiversidade, o meio ambiente, a responsabilidade social das empresas, o genoma, os órgãos arrancados de crianças etc, e até mesmo o nosso imaginário. Um exemplo trivial é o que se gasta com a compra de água potável engarrafada em indústria, dispensando o velho e bom filtro de cerâmica ou mesmo a coleta da limpíssima água da chuva após um minuto de precipitação.
Sem utopias não há mobilizações motivadas pela esperança. Nem possibilidade de visualizar um mundo diferente, novo e melhor.

Quarta atitude - elaborar um projeto alternativo. A esperança favorece a emergência de novas utopias, que devem ser traduzidas em projetos políticos e culturais que sinalizem as bases de uma nova sociedade. Isso implica o resgate dos valores éticos, do senso de justiça, das práticas de solidariedade e partilha, e do respeito à natureza. Em suma, trata-se de um desafio também de ordem espiritual, na linha do que apregoava o professor Milton Santos, de que devemos priorizar os "bens infinitos" e não os "bens finitos".
O projeto de uma sociedade ecossocialista alternativa ao neoliberalismo exige revisar, a partir da queda do Muro de Berlim, os aspectos teóricos e práticos do socialismo real, em particular do ponto de vista da democracia participativa e da preservação ambiental.
O ecossocialismo se caracterizaria pela capacidade de incorporar conceito e práticas de igualdade social e desenvolvimento sustentável a partir de experiências dos movimentos sociais e ecológicos, assim como da Revolução Cubana, do levante zapatista do Chiapas, dos assentamentos do MST etc.

É vital incluir no projeto e no programa os paradigmas ora emergentes, como ecologia, indigenismo, ética comunitária, economia solidária, espiritualidade, feminismo e holística.
Este sonho, esta utopia, esta esperança que chamamos de ecossocialismo, não é senão a continuação das esperanças daqueles que lutaram pela defesa da vida, como Chico Mendes e Dorothy Stang, dois lutadores cristãos que deram suas vidas pela causa dos pobres, dos explorados, dos indígenas, dos trabalhadores da terra e dos povos da floresta.

[Autor de "Cartas da Prisão" (Agir), entre outros livros].
* Escritor e assessor de movimentos sociais