sábado, 21 de fevereiro de 2009

Che Guevara





Muitos jovens católicos, ditos “conservadores”, me questionaram em algumas comunidades sobre eu ser católico e admirar o Revolucionário Ernesto “Che” Guevara.


Disseram que eu não posso se católico e admirar um “assassino frio e calculista” (palavras destes jovens já citados acima).
Muitos desses jovens são defensores da volta das missas em latim, onde o povo não tem participação alguma na celebração.

Alguns são defensores da Monarquia, o que eu acho absurdo, pois em um país de terceiro mundo como o Brasil o povo já é tratado como plebe mesmo sem um regime monárquico.


Esses mesmo jovens interpretam as doutrinas de forma radical, e tudo que questione, tudo e todos que pensem diferente mesmo que seja só um pouco dessas doutrinas, é considerado herege por eles.

Aceitam a vontade do Papa, mesmo que ele esteja errado ou equivocado, como verdade suprema, e dizem que mesmo que o Papa estivesse esquizofrênico ele teria razão.


Não vejo isso como uma postura religiosa, mas como uma postura fanática de espiritualidade zero.


Questionar as doutrinas ou as decisões do Papa não é errado, mas demonstra que queremos verdadeiramente ajudar na edificação da Igreja.Pensar diferente é normal, e é isso que faz com que a Igreja tenha atividades diferentes em cada continente de acordo com as necessidades do povo local.


Mas voltando ao foco central, não admiro Che Guevara por ele ser assassino ou não, por ser revolucionário ou não.


Admiro Che, por sua coragem de lutar e dar a sua vida pela libertação dos povos indígenas, dos agricultores, dos pobres, dos necessitados, dos marginalizados e humilhados por toda a América Latina.


Admiro Che, por suas filosofias e ideologias, pela consciência de saber que “vale mais a vida de qualquer ser humano, que todas as propriedades do homem mais rico do mundo”, que “devemos estudar muito, de todas as coisas, todas!”, que “nossas crianças devem ter tudo o que as outras crianças têm, mas devem ser privadas de todas as coisas que as outras crianças são privadas”, e por ele ser capaz de “tremer de indignação a cada vez que uma injustiça fosse cometida”.


Se pelo menos alguns jovens tivessem a coragem que ele teve de lutar ao lado dos fracos e enfrentar os “grandes” como o Dr.Ernesto Guevara teve, não existissem ainda pessoas mantidas como escravas em lavouras, minas, garimpos.Talvez os índios não tivessem que implorar pelo direito de ter um pedaço de terra.


Che Guevara deu a vida por esses ideais, e segundo o Evangelho nos diz: “Não há maior amor, que dar a vida pelo irmão”.


Acredito na revoluação através das palavras, da cultura, da educação.Por isso adotei os ideais e pensamentos de Che Guevara como ideais de uma revolução mental.

2 comentários:

Anônimo disse...

Admiro profundamente o ímpeto revolucionário de Che Guevara, mas não colaria um cartaz dele em meu quarto, nem vestiria uma camisa com o rosto dele estampado toda semana. Acredito piamente que há outros métodos para se promover uma revolução vitoriosa além dos fuzilamentos e das guerrilhas sem fim (em que, aliás, ele só foi vitorioso em Cuba). Querendo ou não, boa parte da esquerda e da juventude deslumbrada transformaram Che em um mártir, um ícone pop, e desse rótulo eu muito desconfio.

Agora, sobre os caras q te criticaram no Orkut... leram tudo na Veja, coitados. Tenho peeeena!

Che foi um herói sim, mas não foi santo. Sua luta, por mais torta que pareça, foi por justiça, e eu acho isso digno. Admiro, mas não pago pau.

InSaNo disse...

Nossa, esse de que existem católicos que querem uma monarquia no Brasil me surepreendeu, eles tb estão esperando a volta de são sebastião?